segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

É Pecado? - Parte 1

Postado em: "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


É pecado?

“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém!” 1 Coríntios 10.23

Existem muitas coisas que já deixaram de ser tabu para a igreja, como por exemplo: a televisão, o rádio, a internet, cortar cabelo [mulher], o uso de preservativos e remédios para evitar gravidez, etc...

Hoje, eu gostaria de pensar um pouco mais sobre essa questão. Pois na verdade, há muitas situações que ainda confundem a mente do cristão, principalmente do novo convertido.

“É pecado?” É um estudo [convite] para aprofundarmos o entendimento sobre como se deve comportar o cristão, sem que deixe rastros de intransigência e ‘anti-socialidade’.

Pois, como disse o pastor Isaltino Gomes: “a Igreja de Cristo deve ser uma comunidade de caras bonitas e felizes. E nunca uma comunidade de gente cara de pitbul”.

Ao final da minha pregação de hoje, sobre esta que será a primeira parte do estudo do comportamento que convém ou não ao cristão, desejo que você faça algumas perguntas relacionadas ao assunto, para que eu possa respondê-las e ajudá-lo a dissipar algumas dúvidas.

Então vamos lá! Sempre lembrando a recomendação bíblica “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém!” 1 Coríntios 10.23



I- Comportamento 1

O comportamento do cristão deve ser alinhado à palavra de Deus. Pois ela é o manual de vida prática para todos os que desejam agradar a Deus. E apesar de muitos de seus conselhos serem contrários aos da sociedade em que o cristão participa, é importante considerá-los.

O cristão pode ou não pode? Afinal, o que ‘é’, ou o que não é pecado? Ou, o que é que é lícito, mas que não convém ao cristão praticar?

É verdade que há muitas coisas que não são pecaminosas, mas que não convém serem praticadas.

Tudo o que eu perguntar relacionado ao que o cristão pode fazer ou não, a resposta correta sempre será ‘sim’, ele pode! Porque todas as coisas são lícitas a ele. Mas a pergunta correta não é essa, e sim esta: “convém” o cristão fazer, ir, falar, etc.? A pergunta correta não é se pode, mas se convém!

O grande problema, ou que traz grande confusão na mente do cristão, é o fato de que ele sempre ouviu em sua igreja que “não pode”, “não pode”, “não faça”. Foram tantos ‘nãos’ que ele acabou se esquecendo do que se devia fazer de fato!

Sobre isso, eu mesmo, talvez, já tenha ensinado, e muito, os ‘não pode’ ‘não pode’, ‘não faça’. Julgava que a igreja podia exercer um governo austero, recheado de autoritarismo e tirania sobre os fiéis. Esquecendo-me na maioria das vezes, a palavra chave do cristianismo: LIBERDADE.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” [João 8]

Aprendi que igreja não deve ser tirana, mas orientadora. Ela não deve exercer domínio sobre a vida de nenhum de seus membros, principalmente por vias de ameaças e regras pesadíssimas, algumas que chegam ser até mais ‘pesadas’ que as leis do Antigo Testamento.


Em alguns casos, essas regras e imperativos de ‘não pode’, ‘não faça’, serviram, num passado não tão distante, para amedrontar e intimidar os crentes, enclausurando-os debaixo de um julgo pesado demais.

Então, a questão salutar não é ensinar o que ‘não se pode’, porque afinal, a bíblia diz que pode, que tudo é lícito. A questão é ensinar o que não convém praticar.

Jesus, jamais transmitiu o seu evangelho [de cara amarrada] como alguém que impõe sua palavra. Ele não obrigava seus discípulos ou a ninguém segui-lo, antes dizia: ‘se alguém deseja’, ‘se quiser vir’, então siga-me.

“O Evangelho não é imposição. É apenas um convite!” Um convite à graça. Um apelo a uma nova vida.


Convém ao cristão ir:

Numa reunião espírita, de maçonaria ou de umbanda?

Não! Por quê?

Os ensinos dessas religiões são contrários à palavra de Deus, e poderá influenciá-lo negativamente.

Passar a noite num motel com sua esposa?

Somente em situações necessárias, que apresente um aparente motivo, por exemplo: carro quebrou na viagem, e não tem outro local! Por quê? [1 Tessalonicenses 5:22]

De outra forma, penso que não convém freqüentar um motel com a esposa. Imagine que um vizinho, um amigo, ou até mesmo um cristão novo convertido veja você entrando ou saindo de um motel, até ele descobrir que aquela é a sua mulher, ou esposo, imagine a cena! Não é pecado, sem dúvida. Mas é inconveniente, principalmente porque estes lugares também estão associados à infidelidade conjugal e à imoralidade.


Na praia?

Sim! Com certeza.

Você pode estar se perguntando: “mas a praia não é um lugar onde tem muita sensualidade?”

Bem, primeiro que não precisa ir à praia para enfrentar a questão da sensualidade em nosso país. Basta ligar a televisão, ou o computador. Ou ainda, ao menos sair de casa e você irá se deparar com uma mulher seminua, ou até pior. Segundo, porque a praia é um lugar imenso, por isso, sempre haverá um local mais tranqüilo para ficar com a família. Terceiro, porque a castidade espiritual não é o enclausuramento, nem a reclusão a uma masmorra de solidão, mas a resistência às tentações, sem deixar de ter uma vida alegre e prazerosa.

Num estádio de futebol?

Sim! Embora seja muito mais ‘seguro’ assistir ao jogo em casa, por causa da violência.

Ao cinema?

Sim! Até mesmo porque é mais uma oportunidade de fugir da rotina e dar uma passeada com a família. Embora haja [‘fariseus’] que são contra essa tese. Eles geralmente preferem fazer da sua própria casa um verdadeiro cinema, com uma TV de 50 polegadas. Qual a diferença?


Convém ao cristão fazer:

Greve?

Sim! Desde que seja uma greve com manifestações pacíficas e cívilizadas. Com o intuito de apenas ajudar a classe ou categoria de trabalhadores em questão.

Parte de algum partido político?

Sim! De todos os partidos, inclusive do PT, desde que não venha abrir mão dos princípios bíblicos, éticos, morais e sociais.

Uma “fezinha” na mega sena, na tele sena?

Alguém disse que ‘depende’. Se você der o dizimo à igreja que congrega, não é pecado. Mas se não der, então é pecado! [risos]

Não convém! Nem na mega sena, nem em qualquer outro jogo de azar. Fazer isso representa uma atitude desesperada de ficar rico, ou de melhorar de vida da noite para o dia. É uma forma de negar os propósitos de Deus. [1 timóteio 6.10; Hebreus 13.5; Provérbios 13.11]


Convém ao cristão falar:

Palavrão?

Claro que não! [Mateus 5.22] Palavras de baixo calão evocam, sem sombra de dúvida, maldições!


Gíria?

Não! É um linguajar na maioria das vezes, obsceno. Requer trejeitos de ‘malandragem’, gestos estranhos e impróprios para um cristão.

Mentira?

Não! Essa pergunta parece desnecessária, e até deveria, mas é importante nos dias atuais, pois mentir virou moda. [Salmo 119.163; Provérbios 13.5; Efésios 4.25; João 8.44]

Mal do próximo?

Não! Certo pensador disse que "Se nós não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em notá-los nos outros". Ou seja, falar mal dos outros é sinal de fraqueza. É medir as pessoas com a mesma régua que medimos a nós mesmos. [Tiago 4.11];


Abraham Lincoln disse: "Antes de começar a criticar os defeitos dos outros, enumera ao menos dez dos teus".

Aos da família de Deus!

Em Cristo,
Nele somente.