quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Paraklētos: Pelas Nossas Tribulações

Postado em: "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


leoesFaçamos um breve resumo do que já vimos até aqui no texto que estamos estudando na segunda carta de Paulo à Igreja de Corinto: O verso 3 expressa sobre Deus ser nosso consolador, assunto do primeiro artigo. O verso 4 diz que quando Deus nos consola em nossas tribulações, um dos propósitos d’Ele é que O tomemos como exemplo e, assim, possamos consolar outros. Tratamos disto no segundo e no terceiro textos. Agora olharemos para o verso 5: “Porquanto, da mesma maneira como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, igualmente por meio de Cristo transborda nossa consolação”.

Paulo diz algo, no mínimo, estranho. Ele diz que os sofrimentos de Cristo transbordam sobre ele. Como isso acontece? Como ele sofre o que alguém já sofreu? Esse é um ponto que requer um cuidado imenso. No entanto, quando entendemos o que isso quer dizer, não há como não exultar em adoração. John Piper, em seu livro “Em Busca de Deus”, escreveu um capítulo praticamente inteiro sobre essa questão. O que tentarei fazer aqui é resumir ao máximo o que precisaríamos de mais tempo para tratar.

Quando olhamos para as declarações de Paulo sobre seu próprio sofrimento, encontramos uma afirmação que deixa qualquer leitor perplexo: "Agora, eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a Igreja" (Cl 1:24). Paulo diz que ele preenche, no seu corpo, o que falta das aflições de Cristo. É desta maneira que o Apostolo sofre o que Cristo já sofreu: completando o que falta desses sofrimentos em seu corpo.

Assim, resta-nos perguntar: o que falta das aflições de Cristo para que Paulo precise completá-las em seu próprio corpo? A Bíblia é clara em dizer que nossa salvação é consumada na morte de Cristo (Jo 19:30; Rm 5:9,19; Hb 9:12;10:14). Assim, o que falta nesses sofrimentos? Piper diz que “Epafrodito é a chave” para essa questão, e expressa:

“Na igreja em Filipos havia um homem de nome Epafrodito. Quando a igreja ali coletou ajuda para Paulo (talvez dinheiro, suprimentos ou livros), decidiram enviá-la a Paulo na prisão por mão de Epafrodito. Em sua viagem com esses suprimentos, Epafrodito quase perdeu a vida. Ele estava doente a ponto de morrer, mas Deus o poupou (Fp 2.27). Por isso Paulo diz à igreja em Filipos que honre Epafrodito quando ele voltar (v. 29), e explica sua razão com palavras muito semelhantes às de Colossenses 1.24: "Por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte e se dispôs a dar a própria vida, para suprir (palavra semelhante à de Cl 1.24) a vossa carência (mesma palavra de Cl 1.24) de socorro para comigo" [Fp 2.30]. No original grego, a frase "suprir a vossa carência de socorro para comigo" é quase idêntica a "preencher o que resta das aflições de Cristo". Este é o único lugar no Novo Testamento em que essas duas palavras (completar e falta) ocorrem juntas.”

Com essa análise, percebemos o que significa a afirmação de Paulo aos Colossenses. Cristo preparou uma oferta de amor para seu povo (como os filipenses a Paulo), o que falta nesta oferta é apenas levá-la, por isso, nós (como Epafrodito) completamos o que falta nos sofrimentos de Cristo, apresentando essa mensagem ao mundo.

Depois que observamos o que significa preencher o que resta das aflições de Cristo, precisamos olhar para como Paulo faz isto: “Agora, eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a Igreja" (Cl 1:24). Veja bem: o modo como Paulo leva a mensagem de Cristo ao mundo é através de seus sofrimentos. É através das tribulações e dores da Igreja que o sofrimento de Cristo é exposto ao mundo. Sobre isso, Piper completa:

“Esta é a conclusão surpreendente: Deus quer que as aflições de Cristo sejam apresentadas ao mundo por meio das aflições do seu povo. Deus realmente quer que o corpo de Cristo, a igreja, experimente parte do sofrimento pelo qual ele passou, de modo que, quando proclamamos que a cruz é o caminho para a vida, as pessoas vejam as marcas da cruz em nós e sintam de nossa parte o amor da cruz. Nosso chamado é tornar as aflições de Cristo reais para as pessoas, por meio das aflições que experimentamos, levando-lhes a mensagem da salvação.”

Voltemos, então, ao verso que estamos estudando: “Porquanto, da mesma maneira como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, igualmente por meio de Cristo transborda nossa consolação”. Quão gloriosa é essa afirmação(!): a medida de sofrimentos que nos assolam é a mesma medida de consolação que levamos aos homens. Quanto mais somos atribulados, mais completamos, com nossa vida, o que falta das aflições de Jesus, assim, levamos a mensagem do Evangelho aos homens. Qual mensagem é mais consoladora que a mensagem da Cruz?

Irmãos, não pensem que suas tribulações não significam nada. Quando sofremos, estamos espelhando o sofrimento de Cristo pelos pecados de seu povo. Cristo nos chamou para seguir seus passos de dor: "Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas" (1 Pe 2:21). A ira de Deus lançada sobre Cristo naquele momento de dor foi a consumação de nossa salvação! Essa é a mensagem mais consoladora de todas! Ler sobre as histórias dos Mártires Cristãos sempre me dão força quando minha alma está fria, pois esses homens me mostram com mais clareza a dor de Cristo por mim. Se você está sofrendo, desde que viva seu sofrimento de um modo que glorifique a Deus, você estará sendo um paraklētos de modo único, pois, resumindo tudo, quando sofremos, estamos refletindo o sofrimento de Cristo pelos pecados de seu povo: a mensagem mais consoladora que há.

Creio que nem precisaremos meditar muito sobre o verso 6 do texto de II Coríntios para compreendê-lo bem: "Ora, se somos atribulados, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados é, pois, para vossa consolação, a qual vos proporciona perseverança, a fim de que suporteis as mesmas aflições que nós também estamos passando". Quando levamos a mensagem de Cristo com nossa vida, levamos consolação e salvação a outros. Quando somos consolados por Deus em meio as tribulações que caracterizam levar essa mensagem, levamos consolação a outros. E essa consolação que levamos darão força a outros, para que eles possam seguir nosso exemplo, tornando-se paraklētos de Deus.

Senhor Jesus, cremos que Teu sofrimento foi suficiente para nossa salvação.
Cremos, também, que precisamos levar essa mensagem aos outros, até mesmo com nosso corpo.
Usa-nos de acordo com Tua Soberana vontade para transmitir Tua verdade ao mundo.
Exultante, te adoro. Amém.

Yago Martins

Pastor iraniano enfrenta execução

Postado em: "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


A International Christian Concern pede oração urgente pelo pastor preso Youcef Nadarkhani que recebeu a notificação de que será executado sob a acusação de “apostasia” – a conversão do islamismo para o cristianismo – e aguarda agora o veredicto final do tribunal.

O pastor Youcef Nadarkhani, líder da igreja em Rasht, no Irã, foi preso em 13 de outubro de 2009 por questionar a prática de educação islâmica de estudantes cristãos – incluindo seus próprios filhos – que obriga a leitura do Alcorão na escola.

Sua execução, inicialmente prevista para 24 de outubro, foi adiada para uma data desconhecida pelas forças de segurança na esperança de que Youcef renunciasse a Cristo e voltasse ao islamismo.

Uma vez que o veredicto final do tribunal é entregue, o pastor Youcef terá 20 dias para recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

A esposa do pastor Youcef, Fatemeh Passandideh, foi presa em 08 de junho e sentenciada à prisão perpétua. No entanto, depois de uma apelação, ela foi liberada após uma audiência de 11 de outubro.

Embora sua esposa tenha sido absolvida, é improvável que o seja concedido o mesmo ao marido pois a sua atividade cristã era mais proeminente e sua acusação mais grave.
Em uma carta à comunidade cristã internacional, o pastor Youcef tomou coragem e consolou os cristãos ao redor do mundo: “O que temos hoje, é uma, mas não insuportável situação difícil, porque Ele não nos prova mais do que a nossa fé pode suportar… Devemos considerar essas situações e as prisões como uma oportunidade para testemunhar o Seu nome.”

Com informações de Portas Abertas