quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cristãos Superticiosos!

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


Paulo disse, no Areópago, em Atenas: “... em tudo vos vejo um tanto supersticiosos” (At 17.22). A despeito de estas palavras terem sido dirigidas aos atenienses, veremos neste artigo que elas também valem para muitos cristãos da atualidade.

O que é superstição? Do latim superstitione, é uma crença errada, uma falsa ideia a respeito do sobrenatural ou um sentimento religioso excessivo ou errôneo que muitas vezes arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos. Como o Brasil é um país muito supersticioso, graças a religiões populares (como catolicismo, umbanda e candomblé), às vezes vemos alguns cristãos que mantêm resquícios do tempo em que eram dominados pelo misticismo.

“Arruda e sal afastam maus espíritos”. Há igrejas pseudoevangélicas que têm adotado a arruda e o sal grosso para supostamente fazerem com que males, doenças e enfermidades fiquem bem distantes dos seus fiéis. Com isso, os líderes desses movimentos pretensamente cristãos, além de “afastarem” os maus espíritos, atraem os incautos e bons ofertantes...

“Carne de porco no réveillon traz prosperidade”. Pois é... tem crente que só come pernil (de porco) na virada do ano. Por quê? Porque existe uma superstição de que, como esse animal fuça para frente, garante prosperidade o ano todo, ao contrário do peru, que cisca para trás. Pode uma coisa dessas?!

“Orelha arde quando alguém fala mal de nós”. Há uma crendice no Brasil, não levada tão a sério como antigamente, de que, se uma pessoa sentir a sua orelha arder, é porque alguém está falando mal dela. E é comum ouvir gracejos do tipo, entre os evangélicos: “Sua orelha deve ter queimado bastante ontem, pois falamos bastante de você”.

“Passar a virada do ano de branco dá sorte”. Tenho observado que, no culto de passagem de ano, muitos irmãos aparecem vestidos de branco. Você sabia que esse hábito é inspirado em religiões de origem africana? É verdade que o branco simboliza pureza e paz. Mas a mencionada superstição está ligada, sobretudo, aos cultos afro-brasileiros, como umbanda e candomblé.

“É bom começar o dia com o pé direito”. Há alguns anos, visitei a casa de Santos Dumont, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Fiquei maravilhado com as suas invenções. E admirei-me mais ainda com as suas superstições! Para se ter uma ideia, a escada de acesso à sua casa tem apenas um pedaço de madeira do lado direito, no primeiro degrau. Para quê? Para obrigar o visitante a iniciar a subida com o pé direito! Mas já ouvi crente dizer assim: “Hoje, levantei cedo, orei, li a Bíblia... Comecei o dia com o pé direito”!

“Dá azar encontrar-se com um gato preto”. Essa crença e outras a respeito dos gatos vieram da Europa. Diz-se que eles não amam os seus donos, e sim a casa em que vivem. Por isso, numa mudança, é preciso levar o pequeno felino dentro de um saco para que não saiba para onde está indo. Acredita-se, ainda, que o Diabo toma a forma de um gato preto. Parece incrível, mas já ouvi irmãos dizendo que o seu dia não estava bom porque, pela manhã, cruzaram com um gato preto!

“Número 13 dá azar”. Brasileiros famosos, como Roberto Carlos e Zagallo, tratam o número 13 de maneira diferente. O cantor passa longe do tal número, enquanto o ex-técnico da Seleção Brasileira afirma que lhe dá sorte. Aliás, Zagallo, após vencer a Copa América, em 2004, contra a Argentina, declarou: “Argentina vice tem treze letras”. Em 2006, um maldoso argentino replicou: “Brasil sem hexa também tem treze letras”.

Bem, quando olhamos para a Bíblia, vemos que esse número é bastante significativo. Basta observar que o Apóstolo Jesus (Hb 3.1) e os seus seguidores formam um grupo de treze apóstolos, e que Jericó foi rodeada treze vezes pelos israelitas: uma volta por dia, durante seis dias, e sete voltas no sétimo dia (Js 6.3-4). Ademais, os livros de Neemias, 2 Coríntios e Hebreus têm treze capítulos. E a bênção apostólica está registrada em 2 Coríntios 13.13.
Por Ciro Sanches
Que Deus nos ajude a abandonarmos as más influências da vida velha. Afinal..
“se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).

Que você tenha sempre pra dizer nessa situação " A minha Fé vem do Senhor."
Fiquem na Paz
Victor Silva: "Defensores da Fé"

Postado por: "Um Ministério de Amor" e "PALINS-Plavra Inspirada"

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A IDOLATRIA EM NOSSOS DIAS!

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.



"Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem coluna, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o SENHOR, vosso Deus" (Levítico 26.1).

Enquanto estacionávamos nosso carro ao lado do hotel, na cidade do Juazeiro do Norte, observávamos que apesar das fortes chuvas de janeiro que tinham caído nos últimos dias, o céu azul-anil com nuvens brancas não tardou em reaparecer no Cariri cearense. Após o check-in, subimos para o primeiro andar e, ainda no corredor, caminhando em direção ao nosso apartamento, pude avistá-la ao longe, branquinha, lá no topo da Serra do Horto: era a estátua do renomado padre cuja vida estudei nas últimas quarenta madrugadas. Esse homem foi o motivo de minha esposa e eu termos viajado 615 quilômetros, do Recife até o Juazeiro do Norte, onde passamos quatro dias pesquisando junto aos seus romeiros e investigando in loco um pouco mais sobre a vida desse "santo padre do Juazeiro".

Esse sacerdote católico era de baixa estatura, pele clara, olhos azuis, acompanhado sempre de seu cajado, usava uma batina preta e um chapéu redondo da mesma cor. "Foi detentor de um fortíssimo carisma, sobre as massas populares".[1]

Quem é esse homem-ídolo? Ninguém menos do que o padre Cícero Romão Batista (1844-1934), mais conhecido por estas paragens como o "Meu Padrinho Padre Cícero", carinhosamente chamado de Padim Ciço, uma das pessoas que mais marcaram a história e a vida do povo nordestino.

Juazeiro do Norte: Santuário da Idolatria ao Padre Cícero

"Viveu menino pobre às margens do rio salgadinho, cresceu na ribanceira o homem santo de Cristo. Seu nome percorre veredas no sertão pernambucano, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Bahia. O Ceará exalta o nome do seu filho mais querido. No altar dos santos divinos é um deus-menino jamais esquecido. E quem é ele? E quem é ele? É o padre Cícero Romão, do Juazeiro do Norte, meu padim, sua bênção!". (Trecho da canção "Deus Menino", Chico Silva).

Localizada a cerca de 540 quilômetros ao sul de Fortaleza, Juazeiro do Norte é a segunda maior cidade do Ceará, com cerca de 250 mil habitantes. Sustenta-se do turismo religioso que atrai centenas de milhares de fiéis do "santificado" Padre Cícero. Durante algumas épocas festivas, a cidade chega a receber dois milhões de romeiros, vindos de todo o Brasil, e alguns do exterior, só para ver, fazer um pedido ou adorar esse mito nordestino.

Na residência que foi do Padim Ciço, hoje transformada em Museu Padre Cícero, nossa guia turística contou-nos que o pároco costumava relatar para seus amigos mais íntimos que a cidade do Juazeiro do Norte era santa e enfeitiçada. Dizia que, caso houvesse uma guerra, um manto cobriria toda a cidade, deixando-a invisível aos olhos dos inimigos que nunca conseguiriam atacá-la. Pensei: Puxa, essa coisa de manto deixando objetos e pessoas invisíveis é típico da série Harry Potter.

Diariamente, igrejas, monumentos, praças, procissões, novenas, peregrinações e missas louvam, agradam e idolatram o "Meu Padim Padre Ciço."

Apesar da Igreja Católica não considerar o Padre Cícero Romão Batista um santo, ela não censura os milhões de devotos que o consideram um santo homem de Deus. Baseado nas missas que assisti, posso afirmar que a Igreja Católica em Juazeiro não apenas apóia, mas incentiva os romeiros a venerarem o Padrinho. Qualquer político que ousar dizer que o Padre Cícero não é santo, dificilmente será bem votado na região do Cariri.

As romarias ao Padre Cícero são vantajosas para todos. A Igreja Católica, os empresários, os políticos e todos os setores da sociedade juazeirense são beneficiados pelo grande fluxo de dinheiro trazido pelos consumidores desse sacerdote que literalmente abarrotam as ruas e praças dessa cidade.

A imagem do Padim Ciço é reverenciada e está à venda em cada esquina, seja em suvenires, fotografias, chaveiros, chapéus, esteiras, chinelos, jarros, pôsteres, cerâmicas, talhas, bolsas, broches e muitas outras bugigangas. O artesanato é uma das principais atividades do Juazeiro e também gira em torno do Padre Cícero. Encontra-se imagens do padre em miniaturas e até em tamanho natural. Elas estão em pé ao lado das portas de entrada de centenas de residências e de muitas lojas, sem mencionar as de cera no Museu Vivo.

Até os telefones públicos têm um formato de um cajado com um chapéu redondo preto. Certa noite, durante o jantar, um dos gerentes do hotel nos revelou que naquele estabelecimento havia sessenta funcionários fixos e quase trinta porcento deles tinham como seu primeiro nome Cícero ou Cícera.

Em Juazeiro do Norte até os telefones públicos lembram o seu "santo padre".

O Padre Cícero está presente em cada recôndito desta cidade, semelhante a O Grande Irmão, do clássico 1984, de George Orwell, a observar todos os habitantes.

Também vimos algumas estátuas do Padrinho Ciço espalhadas pela cidade: no alto da Serra do Horto há uma monumental, toda em concreto, de 25 metros de altura, sendo 17 metros de estátua e 8 metros de pedestal. Na então Praça Almirante Alexandrino de Alencar, hoje Praça Padre Cícero, na região central da cidade, há uma em bronze em tamanho natural (inaugurada pelo próprio Padre Cícero em 1925).[2] Na frente da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde o pároco está sepultado, há mais uma protegida por uma caixa de alvenaria com vidro na frente. No jardim diante do edifício Balcão SEBRAE há mais outra em tamanho natural...

Estátua do Padre Cícero em bronze, na Praça Padre Cícero. No quesito de monumento à sua própria pessoa, o Padre Cícero é o Saparmurad Niazov do Cariri.

No quesito de quantidade de monumentos a uma só pessoa, Juazeiro do Norte é a Ashgabat* brasileira e o Padre Cícero Romão Batista é o Saparmurad Niazov do Cariri. E no quesito de devoção cega ao seu líder espiritual, Juazeiro do Norte é a Teerã nordestina.

Vendo a cidade entregue à idolatria, pudemos sentir um pouquinho do incômodo que o apóstolo Paulo sentiu ao visitar Atenas (Atos 17.16).

As Romarias ao Juazeiro do Norte

"Do mundo inteiro vão pro Juazeiro milhares de romeiros fazer sua oração. Vão pulsar em fé e ajoelhar aos pés do Padre Cícero Romão. [...] Meu Padim Ciço, meu Padim Ciço, somos romeiros pedindo a sua bênção. Meu Padim Ciço, meu Padim Ciço, somos romeiros sofredores do sertão". (Trecho da canção "A Bênção do Padre Cícero", J. Farias e Banda e do poeta compositor João Caetano).

São várias as romarias feitas a essa "Meca" nordestina durante o ano, porém o maior fluxo de romeiros concentra-se nos meses de fevereiro, setembro e novembro. A grande leva de romeiros chega a Juazeiro de ônibus ou de caminhão pau-de-arara. Os miseráveis vêm a pé mesmo, pelas estradas esburacadas, engolindo poeira e sendo escaldados pelo sol quente do sertão. Durante as romarias, os fiéis alugam "ranchos", que são pequenos quartos com banheiro em que cabem duas pequenas camas.

Uma parte de uma das "salas de promessas". Devotos deixam objetos como gratidão ao Padrinho por bênçãos alcançadas.

A quase totalidade dos romeiros e dos juazeirenses é composta de um povo pobre e economicamente sofrido, mas que acredita que dias melhores virão e, baseado nessa esperança, continua vivendo. Esperam um milagre do Padrinho. Muitos deixam tudo o que lhes resta aos pés do Padre Cícero. "A Casa dos Milagres", ao lado da Igreja do Perpétuo Socorro, e as "Salas das Promessas" no Museu Padre Cícero são alguns dos pontos turísticos da cidade. Lá observei vários objetos e centenas de retratos deixados pelos devotos como agradecimento por supostas bênçãos alcançadas através do Padre Cícero Romão.

Muitos foram ao Juazeiro e decidiram nunca mais retornar para suas casas. Vivem hoje amontoados em barracos nas periferias dessa cidade, mas felizes por estarem próximos do seu "santo padre". Muitos humildes retornam para seus lares famintos. Dentro de suas geladeiras quebradas encontram-se caçarolas vazias, sobre os fogões a lenha apenas panelas de feijão requentado, e seus filhos estão desnutridos. Mas no próximo semestre retornarão ao Juazeiro. São esses fiéis ingênuos que alimentam e enchem os bolsos daqueles que promovem a "indústria" de Padre Cícero.

A Romaria a Nossa Senhora das Candeias

"Bendita e louvada seja a luz que mais alumeia. Valei-me meu Padrinho Ciço e a Mãe de Deus das Candeias. [...] os romeiros vão chegando e é noite de lua cheia". (Trecho da canção "Bendita e Louvada Seja", Clemilda).

Estivemos em Juazeiro durante as festividades e a romaria de Nossa Senhora das Candeias (também conhecida como Nossa Senhora da Purificação).

Uma mulher coloca temporariamente seu chapéu na cabeça de uma estátua do Padre Cícero. A outra coloca flores na mão da estátua.

A tradição judaica ensina que o filho varão deveria ser levado ao templo quarenta dias após o seu nascimento. Já a mãe, por ser considerada impura após o parto, tinha de passar por uma cerimônia de purificação. Nas procissões católicas, o povo leva candeias ou luzeiros ou velas acesas para supostamente iluminar esse trajeto de Maria levando Jesus ao templo.

Na verdade, essa história de candeias acompanhando a procissão tem sua origem na mitologia romana, mas foi incorporada à celebração da Purificação de Maria pelo Papa Gelásio I (que foi papa de 492 a 496).

A mitologia romana relata que Proserpina, filha de Ceres, foi raptada por Plutão para ser sua companheira no império dos mortos (inferno). O povo romano da Antigüidade recordava essa cena levando luzeiros para supostamente acompanhar o sofrimento da Mãe Ceres até às portas do inferno.

O dia de Nossa Senhora das Candeias é apenas mais uma festividade pagã adotada pela Igreja Católica Romana. Outros chamados "dias santos" para os católicos também têm origens pagãs, a saber: "o dia de todos os santos" e o de "finados", entre outros. Mas isso é uma outra história. Voltemos ao Padre Cícero, do Juazeiro.

Em se tratando do Juazeiro do Norte, independente do santo ou da santa conduzidos no andor, o grande homenageado acaba sempre sendo o "Meu Padim Padre Ciço".

Aos Pés da Estátua no Alto do Horto

"Olha lá, no Alto do Horto! Ele está vivo, Padim não está morto! Olha lá, no Alto do Horto! Ele está vivo, Padim não está morto! Viva meu Padim, Viva meu Padim, Ciço Romão". (Trecho da canção "Viva Meu Padim", Luiz Gonzaga).

Enquanto nos aproximávamos do início da ladeira do Horto, notamos que no cume da montanha pequenos raios surgiam com certa freqüência próximos à estátua mais famosa do Padre Cícero (no Brasil, apenas a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e a do Frei Damião, em Guarabira, Paraíba, são mais altas do que ela).

"Que coisa estranha! E nem está chovendo!", comentei com minha esposa.


O autor subindo a Serra do Horto. Ao fundo a maior estátua do Padre Cícero.

Ao chegarmos ao estacionamento do topo, fomos rapidamente cercados por vendedores de fogos. Observamos que o que pensávamos ser raios, eram na verdade fogos:

– "O senhor tem de soltar seis fogos antes de fazer seu pedido ao santo e mais seis quando estiver indo embora", falou-me um entusiasmado vendedor enquanto nos mostrava alguns rojões de fogos.

– "Não obrigado", disse rapidamente.

– "Se o senhor desejar ou se tiver medo, pode comprar e eu solto os fogos pelo senhor. No momento dos estouros dos fogos o senhor pensa nos seus pedidos", disse-me um outro solícito vendedor.

– "Não precisa. Não quero. Muito obrigado", repliquei enquanto subia a rampa de acesso à estátua.

Algumas pessoas trajavam batinas pretas semelhantes às do Padre Cícero. Perguntei a uma delas se fazia parte de algum movimento eclesiástico ou de alguma seita. Ela me olhou estranhamente e disse que estava apenas pagando promessa.

Muitas barracas vendendo vários suvenires estavam nos dois lados da rampa que ia lotando de romeiros à medida que progredíamos. Em muitas delas eram vendidos CDs e fitas cassetes piratas com músicas de romarias e benditos, além de blusas e artesanato. O som alto das músicas, os gritos dos vendedores, o cheiro forte de frituras e rapaduras permeavam a rampa e davam um toque bem regional.

Aos pés da estátua do Padre Cícero. Fiéis dando três voltinhas ao redor do cajado da estátua.

Subimos os degraus e nos posicionamos aos pés da estátua que estava lotada de romeiros. Pessoas demonstravam sua devoção: algumas senhoras se esfregavam com as costas na parte inferior da estátua pedindo que o Padim curasse suas dores lombares. Outras suspendiam seus bebês em direção à estátua e os forçavam para que a beijassem. Muitos escreviam seus nomes na estátua enquanto choravam. Alguns rezavam ou cantavam cânticos de louvores ao Padrinho. Entre o cajado e a batina do Padre há um espaço que dá para passar uma pessoa de cada vez. O romeiro emocionado dá três voltas em torno do cajado enquanto faz seu pedido (havia uma fila enorme esperando para realizar esse ritual).

Imaginei Moisés retornando do Monte Sinai com as tábuas dos Dez Mandamentos e vendo o povo adorando um bezerro de ouro. Aquela multidão em Juazeiro e aquele povo de Israel no deserto estavam tão próximos de Deus e simultaneamente tão longe dEle. Tinham a Luz ao seu alcance, mas optaram por rituais das trevas.

Ali, aos pés da estátua não me contive e chorei discretamente para que ninguém percebesse. Enquanto isso, alguns metros adiante, havia um palanque armado onde um sacerdote católico com chapéu de palha (para se identificar melhor com os romeiros) fazia algumas colocações absurdas comparando o Padre Ciço com Jesus Cristo.

Dei a volta por trás do palanque e adentrei o Museu Vivo onde existem algumas imagens do Padim em cera, em tamanho natural, retratando cenas do seu cotidiano.

Uma sala dentro do Museu Vivo me chamou mais a atenção. Lá havia aproximadamente oito filtros de barro, com alturas que variavam de um metro a um metro e meio, e várias canecas de alumínio penduradas em um fio no teto. Muitos romeiros acreditam que a água é milagrosa e, sem qualquer receio de contrair alguma doença, pegam as canecas, enchem-nas com água do filtro, bebem e se banham com roupa e tudo. Alguns, mais criteriosos passam água nas regiões do corpo que necessitam de cura. Ao meu lado, um senhor idoso e de aparência bem humilde derramou um pouco d’água dentro da calça enquanto murmurava baixinho: "É minha próstata, Padim! É minha próstata, Padim!" Falei para ele que quando retornasse para sua cidade deveria se consultar com um bom urologista. Ele apenas me olhou abusado.

Minha esposa estava ficando bastante enauseada com tudo que viu, ouviu e cheirou. Por isso, resolvemos descer o morro e retornamos à cidade.

O Padre Cícero e o Milagre do Juazeiro

"Meu Padim Cícero, do Juazeiro, tão milagreiro, sou romeiro do sertão. Meu Padim Cícero, do Juazeiro, tão milagreiro, a minha grande devoção". (Trecho da canção "Canção de Fé", José Idelfino).

Mas, qual foi o fato que transformou um simples pároco de um pequeno povoado do interior do Nordeste em uma celebridade internacional? O "milagre" que transformou esse padre, natural do Crato, em um dos brasileiros mais biografados e comentados, aconteceu quando o mesmo tinha 45 anos.

Havia uma beata juazeirense, analfabeta e costureira de profissão, chamada Maria Madalena do Espírito Santo de Araújo,[3] mas conhecida como Maria de Araújo. "Foi acometida de meningite infantil (espasmo), sofria de ataques de epilepsia, e levava uma vida de jejum, oração e trabalho humilde. Havendo bem cedo perdido os pais, foi morar ainda menina, na casa do Padre Cícero".[4]

Em uma manhã de março de 1889, quando o Padre Cícero Romão Batista pôs a hóstia na sua boca, Maria de Araújo teve um transe tão intenso que sangrou a língua e a hóstia ficou avermelhada de sangue. Esse fato se repetiu outras vezes no período de dois anos e a população local começou a espalhar a notícia de que se tratava do "derramamento do sangue de Jesus", portanto, de um milagre.

O próprio Padre Cícero comentou acerca do que ocorreu naquele dia:

"Quando dei à beata Maria de Araújo a Sagrada Forma, logo que a depositei na boca, imediatamente transformou-se em porção de sangue, que uma parte engoliu, servindo-lhe de comunhão, e outra correu pela toalha, caindo algum no chão; eu não esperava e, vexado para continuar com as confissões interrompidas que eram muitas ainda, não prestei atenção e por isso não apreendi o fato na ocasião em que se deu; porém, depois que depositei a âmbula no sacrário e vou descendo, ela vem entender-se comigo, cheia de aflição e vexame de morte, trazendo a toalha dobrada, para que não vissem, e levantava a mão esquerda, onde nas costas havia caído um pouco e corria um fio pelo braço, e ela com temor de tocar com a outra mão naquele sangue, como certa de que era a mesma hóstia, conservava um certo equilíbrio para não gotejar sangue no chão".[5]

Dentro do Museu Vivo, as estátuas em cera do Padre Cícero e da beata Maria de Araújo.

Na verdade, a beata pode ter mordido consciente ou inconscientemente a língua ou a mucosa oral e provocado o sangramento. Ou, quem sabe, ter tido uma crise convulsiva (bem provável, uma vez que tinha epilepsia) e mordido a língua? Ou uma discreta hemorragia digestiva?

É prudente deixar registrado que em outras cidades nordestinas, envolvendo personagens diferentes dos do Juazeiro, aconteceram fatos semelhantes onde a hóstia se transformou em sangue.[6] Graças a Deus, esses outros padres não tornaram-se também milagreiros e nem objetos de adoração.

Fico meditando... todo o Novo Testamento insiste em afirmar que Jesus Cristo ofereceu o Seu corpo como sacrifício e derramou o Seu sangue remissor apenas uma vez e para sempre (veja Hebreus, capítulos 9 e 10). Essa história de "vários derramamentos do sangue de Jesus Cristo" através da beata Maria de Araújo está diametralmente oposta às Escrituras Sagradas. Ou os devotos do Padre Cícero estão enganados, ou a Bíblia está errada.

Bem, o fato é que o reboliço foi tanto que o pequeno povoado transformou-se em lugar de romaria.

O bispo cearense Dom Joaquim José Vieira e até o Papa Leão XIII, em Roma, tiveram de investigar o fenômeno do Juazeiro. O Padrinho chegou a ser recebido pelo papa no Vaticano. Outros padres foram enviados ao Juazeiro e entregaram a hóstia a Maria de Araújo e nada de anormal ocorreu. O bispo cearense e o papa não reconheceram o milagre e o Padre Cícero Romão foi punido com uma suspensão.

Assim, o Padim Ciço tornou-se um santo milagreiro. Apesar de proibido de celebrar missas, sua residência passou a ser freqüentada por romeiros e por várias autoridades.

Aproveitando-se do seu prestígio, aliou-se aos grandes fazendeiros cearenses e, apoiado por eles, tornou-se prefeito do Juazeiro em 1911 e, posteriormente, vice-presidente do Ceará.

As Atuações Ambíguas do Padre Cícero Romão

"Foi a ele que muitas vezes, Lampião se ajoelhou, aos seus pés contou histórias, pediu perdão e chorou. Bendito seja o romeiro que na fé e na oração, exalta o santo padroeiro no samba, no coco, no xote e no baião". (Trecho da canção "Deus Menino", Chico Silva).

a) Amizade Com o Coronelismo

O Padim Ciço realizou boas ações para a população menos favorecida. Organizou mutirões e conseguiu construir pequenos postos de saúde, escolas e orfanatos, além de reformar e construir algumas igrejas católicas.

Por outro lado, ele era amigo do peito de vários latifundiários da região, conhecidos como "os coronéis". Esses senhores ilustres eram opressores dos pobres, marginalizavam os sertanejos, excluindo-os do direito à saúde, aos alimentos e até à vida. Pasme, o Padim Ciço pertencia a essa espécie de liga de coronéis do Ceará e a defendia . O Padim chegou a estimular seus devotos a serem mão-de-obra barata na construção de açudes e na colheita de algodão nas terras da família Acioly, a mais poderosa do Ceará.[7]

O "coronelismo" era a política exercida pelos latifundiários com prestígio político local, que tinham notável poder, mandavam na região e nos seus eleitores, que eram tratados como gado. Suas zonas eleitorais eram conhecidas como "currais eleitorais" e ai do eleitor que ousasse votar contra o candidato do "coronel".

Quando Hermes da Fonseca, então presidente da República, enviou interventores ao Ceará e depôs as oligarquias repressoras lideradas por esses coronéis, o Padre Cícero ficou irado.

Rapidamente o clero católico promoveu e assinou o chamado "pacto dos coronéis" com dezessete dos principais chefes políticos da região do Cariri, objetivando assegurar a permanência da família Acioly no governo cearense. E mais: esses fazendeiros armaram centenas de sertanejos e os enviaram à capital, porém foram detidos pelas forças federais. Esse episódio ficou conhecido na história como a "Revolta do Juazeiro".

O Padim Ciço só aquietou-se quando a velha oligarquia da família Acioly foi restabelecida ao poder. O Padre Cícero Romão foi, sem dúvida, um exemplo de fidelidade às oligarquias poderosas do Ceará.

b) Negociata com Lampião

Enquanto o Padim Ciço destacava-se no Ceará com sua influência político-religiosa, o cangaceiro Lampião e seu bando amedrontavam os poderosos dos sertões nordestinos.

O sertanejo pernambucano Virgulino Ferreira da Silva (1897-1938), vulgo Lampião, era também um personagem controvertido. Para muitos, era visto como um bandido que incendiava vilarejos, torturava, estuprava e matava pessoas. Para outros, era um justiceiro que tirava dos ricos para doar aos flagelados da seca. Em 1931, o jornal The New York Times chegou a chamá-lo de Robin Hood do sertão.

O "Rei do Cangaço" era devoto do Padre Cícero, do Juazeiro, e às vezes usava uma foto desse sacerdote no seu peito. A religiosidade de Lampião era alicerçada nas orações de corpo-fechado, nos santos da Igreja Católica e no Padre Cícero. No livro, Lampião, o Rei dos Cangaceiros, Chandler relata "que a vida da mulher de um policial de Jatobá, em Pernambuco, foi salva quando um velho pegou um retrato do padre do Juazeiro e o colocou entre a faca soerguida de Lampião e o seio da mulher. Lampião levava sempre consigo seus livrinhos de orações, guardava santinhos em sua carteira de dinheiro, e pregava retratos do Padre Cícero em sua roupa".[8] Isso mostra o respeito e a devoção que Lampião nutria por esse padre.

Em companhia do seu bando, Lampião costumava recitar algumas orações para, supostamente, fechar o corpo. O escritor Piragibe de Lucena, no seu livro Lampião, Lendas e Fatos, descreve algumas dessas orações. Leia um pequeno trecho de uma delas e analise a importância do Padre Cícero na vida desse cangaceiro:

"Justo juiz de Nazaré, filho da Virgem Maria, que em Belém fostes nascido entre as idolatrias. Eu vos peço senhor, pelo vosso sexto dia, e pelo amor do meu padrinho Pe. Cícero que meu corpo não seja preso, nem ferido, nem morto, nem nas mãos da justiça em volta.

Pax tecum, pax tecum, pax tecum. Cristo assim disse: aos seus inimigos, se vierem para prender-me terão olhos, não me verão, terão ouvidos, não me ouvirão. Com as armas de São Jorge, serei armado. Com a espada de Abraão, serei coberto. Com o leite da Virgem Maria, serei borrifado.

Na arca de Noé, serei arrecadado. Com a chave de São Pedro serei fechado, onde não me possam vê, nem ferir, nem matar, nem sangue do meu corpo tirar. [...]"[9]

O Padre Cícero articulou para que o cangaceiro Lampião recebesse a patente de capitão dos Batalhões Patrióticos.

Por volta de 1926, Padre Ciço já era mais político do que religioso, sendo anti-comunista de carteirinha. Aproveitando a fidelidade do bandoleiro à sua pessoa, o pároco juntou-se com seus amigos fazendeiros e doaram armas e munição para o cangaceiro e seu bando atacarem "o revoltoso" Luiz Carlos Prestes e sua famosa "Coluna". Padim Ciço também articulou para que o agrônomo Pedro de Albuquerque Uchôa, que era inspetor agrícola do Ministério da Agricultura, entregasse a Lampião a patente de Capitão das Forças Patrióticas.[10],[11] Lampião não atacou a "Coluna Prestes", preferiu manter suas erranças pela caatinga. Dizem que essa foi a única vez que Lampião desobedeceu ao "santo" Padre do Juazeiro. Uma coisa é certa: Lampião ostentou com muito orgulho o título de Capitão enquanto viveu.

O curioso é que (dizem que a pedido do próprio Padim Ciço) Lampião nunca atacou os coiteiros ricos, os fazendeiros safados e os políticos corruptos do Ceará. Isso é que é amizade fiel!

Apesar da amizade do Padim Ciço com o coronelismo cearense e suas negociatas com Lampião estarem registradas em vários livros, biografias, documentários, teses e filmes, existem alguns devotos do Padrinho que negam que isso tenha acontecido. Movidos mais pela emoção do que pela razão, declaram que essas atuações ambíguas do Padre Cícero não passam de calúnias.

Convenhamos: sob o ponto de vista mundano, isso é que é saber viver! O Padim Ciço vivia de mãos dadas com Satanás e pretendia morrer nos braços de Jesus! Como se diz por estas bandas sertanejas: Eita Cabra esperto!

Padim Padre Ciço: Um Ídolo do Lar

"[...] não vos desvieis de seguir o Senhor, mas servi ao Senhor de todo o vosso coração. Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são" (1 Samuel 12.20-21).

Ser contra a idolatria é uma unanimidade não apenas entre as igrejas cristãs genuínas, mas também ao longo de toda a Bíblia Sagrada. Todas as denominações tradicionalmente evangélicas são contra a idolatria. O judaísmo também não suporta a idolatria. Já o catolicismo prega a não-adoração a ídolos e imagens, mas na prática o que se vê é um descompasso entre o que se faz e o que se fala. Infelizmente, não é preciso ir ao Juazeiro do Norte para se constatar que a igreja do papado é verdadeiramente idólatra.

Fiéis cantam e choram ao redor de uma das camas usadas pelo Padim Ciço.

O Padim Ciço, do Juazeiro do Norte, é um ídolo nos lares de milhões de católicos. Em algumas casas, ele está presente no móvel da sala-de-estar, na penteadeira do quarto, na parede do corredor e em cima do refrigerador da cozinha. Para sermos mais honestos, o Padim Ciço, o "Santo Antônio", o "São Jorge", a "Ave Maria" e o Frei Damião (veja o artigo Misericórdia! Querem Canonizar o Frei Damião) são parte do imenso esquadrão de supostas divindades católicas presentes em milhões de residências brasileiras.

"Ídolos do lar" são coisas antigas e são mencionados logo no primeiro livro da Bíblia (Gênesis 31.19 e 30). Eles eram de vários tamanhos e alguns deles, quando colocados deitados na cama e cobertos por um manto, passavam por uma pessoa dormindo (1 Samuel 19.13). A esses ídolos, chamados em hebraico de terafins, confiava-se a guarda das casas e dos bens.

Acreditar que um "ídolo do lar" possa proteger sua família é muita presunção. Veja a história do rei Saul:

Feitiçaria e idolatria foram as gotas d’água para que Deus rejeitasse o rei Saul. O profeta Samuel sentenciou ao monarca: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (1 Samuel 15.23). Na Edição Revista e Corrigida, lê-se o nome "porfia", no lugar de "obstinação". Na Bíblia de Jerusalém (católica), "presunção" substitui "obstinação". Parafraseando esse texto, diria: a obstinação, a porfia, o orgulho, a presunção, a teima, a cabeça-dura é como a idolatria e o culto a ídolos do lar. A idolatria está incluída entre as obras da carne e não no fruto do Espírito (Gálatas 5.20).

No Velho Testamento, o primeiro e o segundo mandamentos são um "não" à idolatria (Êxodo 20.3-6). E mais: o idólatra deveria ser morto (Deuteronômio 17.1-7). Já no Novo Testamento, a punição é a morte eterna: "Quanto, porém, [...] aos idólatras [...] a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apocalipse 21.8). Entre aqueles que ficarão fora da Cidade Celestial estão os idólatras (Apocalipse 22.15).

Sem dúvida, ao nos despedirmos do Juazeiro do Norte, vendo a cidade se distanciando pelo retrovisor, pudemos entender que a idolatria é uma cegueira espiritual, mas sobretudo uma tentação bastante sedutora. A Bíblia nos alerta a resistir ao Diabo, mas também a fugir dessa tentação: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria" (1 Coríntios 10.14).

Padre Cícero Romão Batista (1844-1934). Um dos ídolos dos lares católicos nordestinos.

Concluímos nossa visita ao Cariri cearense com os olhos marejados e uma mistura de sentimentos paradoxais: tristeza e alegria. A insatisfação é a imagem dos milhões de católicos que ainda precisam ser alcançados pela única Verdade, Jesus Cristo. A satisfação é que vimos templos de algumas denominações evangélicas nessa cidade. Esses irmãos em Cristo são como sal em uma terra espiritualmente insossa: levam a única Luz do mundo a um povo submerso nas trevas espirituais.

Irmãos, assimilemos o mesmo consolo e a mesma recomendação contida no final da Primeira Epístola de João: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1 João 5.20-21). (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)


* Ashgabat é a capital do Turcomenistão, uma ex-república soviética governada desde 1992 por um herdeiro direto do comunismo – o ditador Saparmurad Niazov. Para onde quer que olhem, os turcomenos deparam-se com uma imagem de Niazov: pode ser numa das estátuas, nos painéis ou nos rótulos de garrafas.

Bibliografia

1.Filho, Mario Bem, Formação Religiosa de Juazeiro do Norte. Editora ABC, Fortaleza, CE, 2002, página 38.
2.Fita de Vídeo: Padre Cícero – "O Cearense do Século". Documentário das Romarias, com imagens do Padre Cícero Vivo. Bulhões Produções. Juazeiro do Norte, CE.
3.Filho, Mario Bem, Formação Religiosa de Juazeiro do Norte. Página 211.
4.Id.
5.Walker, Daniel, Padre Cícero na Berlinda. Edições IPESC. Fundação Universidade Regional do Cariri – URCA. Juazeiro do Norte, CE, 1995, páginas 12-13.
6.Silva, Antenor de Andrade, Padre Cícero – Mais Documentos Para Sua História. Escolas Profissionais Salesianas, Salvador, Bahia, 1989, página 234.
7.Cine História. Título do Filme: Baile Perfumado (Brasil, 1996). Direção: Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Amigo do padre Cícero, o fotógrafo Benjamim Abrahão, parte para o sertão nordestino, para filmar Lampião e seu bando nos anos 30. http://www.historianet.com.br/main/mostraconteudos.asp?conteudo=208
8.Chandler, Billy Jaynes, Lampião, O Rei dos Cangaceiros. Editora Paz e Terra S.A., São Paulo, SP, 4a edição, 2003, página 271.
9.CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais. CAOS número zero. Dezembro de 1999. O Cangaço e a Religiosidade de Lampião, por Max Silva D’Oliveira. Citação do livro Lampião Lendas e Fatos. Piragibe de Lucena, p. 46. http://chip.cchla.ufpb.br/~caos/00-doliveira.html
10.Chandler, Billy Jaynes, Lampião, O Rei dos Cangaceiros. Páginas 93-94.
11.Souza, Anildomá Willians de, Lampião, O Comandante das Caatingas. Impressão: Gráfica Aquarela, Serra Talhada, PE, 2001/2002, página 44.

Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa é médico em Recife/PE. Ele é autor dos livros A Nova Era, Os Anos Obscuros da Mocidade de Jesus Cristo e Harry Potter – Enfeitiçando Uma Cultura.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2004.

Extraindo do blog: "Igreja ao Josto do Freguês"

Postado pelo Pr.Dilson Mendonnça: "Rede Amados de Deus", "PALINS-Palavra Inspirada"

O ADVENTISMO DO 7º DIA

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


CUIDE-SE COM O PASTO QUE COME!


O ADVENTISMO DO 7º DIA

Introdução:
Não podemos pensar na origem dos "sabatistas" sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo não é uma seita como, muita gente pensa: "uma denominação igual às outras, com a única diferença de guardar o Sábado". É uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere as doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.

Origem do Adventismo:
Duas das Igrejas que estaremos estudando neste trimestre podem traçar sua origem nos ensinos de Guilherme Miller, embora não tivesse fundado nenhuma delas. São as Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo dia.



a) Síntese Histórica:
No princípio do século dezenove houve um despertamento de interesse pela Segunda vinda de Cristo entre os cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843, Isto foi em 1818.



b) O fracasso de Miller:
Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais a cristãos de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muito crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de l843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu.. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de l844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro de mesmo ano. Porém essa previsão também falhou.



c) O Arrependimento de Miller:
Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século. Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.



O desenvolvimento da seita
O dia depois "da grande desilusão", Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas". Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do Sábado e outro dirigido por Hellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito.



a) As revelações de Helen White:
As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.



b) Obras da Sra White:
Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados "inspirados" por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro "o grande conflito" é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares. Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O desejado de Todas as Nações.



c) Os nomes da Seita:
Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Cristã Adventista (1855); Adventistas do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864);Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do sétimo dia ( Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do pacto, etc, porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.



As Doutrinas do Adventismo
Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja Mt 23.15



a) A expiação incompleta:
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina a expiação incompleta e contínua é uma tergiversação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa "revelação" de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de l844. (Hb 6.19,20;8.1,2; 9.11,12, 23-26; 10.1-14).



b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?
Os adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para azazel) de Levíticos 16.22,26 simboliza Satanás. Todas as nossas iniqüidades serão carregadas pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanás, levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta terra desolada e sem habitantes. Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados. Veja Jo 1.29; Is 53.6; Hb 10.18; J0 19.30; 2 Co 5.21; Rm 8.32.



c) O Sono da Alma:
Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência" . Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9.5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a 10 desse capítulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor, cf. Fp 1.23,24 2 Co 5.1-8). Veja também Lc16.19-31; Lc 23.43. No monte da transfiguração, Moisés não estava "silencioso, inativo e totalmente inconsciente" enquanto falava com Cristo, cf. Mt 17.1-6. Veja ainda Ap 6.9-11. Etc.



Outras crenças errôneas
Normalmente, as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores, ou livros escritos e interpretados por eles. Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de fé e prática. No adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.



a) A aniquilação de Satanás e dos maus:
Os adventistas ensinam que Satanás seus demônios, e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é "uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia". Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mt 25.46: Eterno. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno. Veja Também Mc 9.43,44. Em Ap 14.10,11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não parece com aniquilação. Confira ainda: Ap 19.20; 20.2,7,10,15 etc.



b) A observância obrigatória do Sábado:
Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o Sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a "marca da besta". A senhora White ensina que a observância do Sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o Sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20.10-13). O próprio Moisés explicou que era uma memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito ( Dt 5.12-15).



c) O Sábado foi abolido:
A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do Sábado (Os 2.11), que se cumpriu em Jesus(Cl 2.14-17). Por essa razão, o Sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29. O texto de Colossenses 2.16,17 deita por terra todas as teses dos adventistas. Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Gálatas e trata de livrá-los dos enganos dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Faz menção da observância de certos dias como uma parte da escravidão da lei (Gl 4.3-11)./ Cristo é o fim da lei ( Rm 6.14; 10.4).


Conclusão:
O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado. Estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o adventista citará Ap 14.12 e 1 Jo 2.4, para provar que devemos guardar o Sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia 1 Jo 3.23; Jo 6.29; Rm 4.5; Gl 2.16; Jo 13.34,35; 5.10 e Rm 13.8-10; Ap 22.14. Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e guiá-los a um repouso perfeito nele, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.

Extraido do blog: "Igreja ao gosto do freguês"

Postado Pelo Pr.Dilson Mendonça: "PALINS-Palavra Inspirada" e "Rede Amados de Deus"
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domingo, 6 de setembro de 2009

"UM CORAÇÃO PERDOADOR"

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.


"Aceitar e obedecer ensinamento de Cristo sobre a necessidade de perdoar os outros"

Introdução
Algumas das maiores bênçãos de nossa vida cristã são as relações que temos com outros crentes. Como nós cultivar essas relações podem ser reforçados na nossa caminhada espiritual. A estreita comunhão espiritual que resulta dessas amizades podem ajudar nos momentos difíceis de nossas vidas.

Uma das coisas mais devastadoras que tem lugar na Igreja é a deterioração das relações entre os crentes. Às vezes, mesmo uma ação insignificante pode fazer uma pessoa se sentir ofendido. Se a ofensa não for resolvida, você pode agregar até amargura. E, finalmente, ele irá quebrar a relação entre essas pessoas.

É provável que cada um de nós tem ofendido de alguma maneira. Como podemos resolver estas situações? Como crentes, nossa reação deve ser muito diferente daqueles que estão no mundo. Em Mateus 18, Jesus ensinou que o perdão é uma parte essencial da vida cristã robusta. Não podemos permitir que a falta de perdão e amargura na nossa vida. Devemos pedir a renovação das relações com os irmãos na fé que temos ofendido.

Comentário Bíblico

Eu. Ilimitado perdão (Mateus 18:15-20)

A. Motivo de perdão

Em Mateus 18, Jesus responde à pergunta de seus discípulos a respeito de quem é o maior no reino dos céus (v. 1). Na sua resposta. Jesus disse que todos são importantes no reino. Eles estão abrindo o caminho. Jesus ensinou seus discípulos como e por que eles têm de mostrar misericórdia e perdoar, mesmo aqueles que pecam contra eles (v. 15).
E Qual é o pecado contra outro crente?

A palavra "pecado", neste contexto, inclui perder a face, quebrando um segredo, confidencial ou trair um irmão ou prejudicar outra pessoa com a sua atitude. Embora possamos considerar algumas dessas atitudes como pequenos delitos, devemos reconhecer a natureza grave e devastador do pecado.

Pergunta: O que é uma reação comum quando somos mal tratados ou injustamente injuriados?

Quando fazemos o mal, muitas vezes, nossa primeira reação é a vingança ou rancor. Mas a nossa reação não deve ser como aqueles que não são cristãos. Nos versículos 15-17, Jesus fez o caminho que os crentes devem tratar os que pecam contra eles.

Jesus disse: que se alguém tenha sido injustiçado tem que começar a tentativa de reconciliação por ir ver a pessoa que o tenha ofendido. A privacidade assegura que a pessoa que pecou não se sentir humilhado ou constrangido. Além disso, a frente deve se lembrar que o motivo do confronto é a restituição. Não pode haver qualquer pensamento de vingança.

Se a pessoa se recusa a se reconciliar com o pecado, o que busca a reconciliação tem de levar um ou dois crentes mais em uma nova tentativa de reconciliação. Estas testemunhas adicionais podem assegurar que quem quer a reconciliação está procurando pelas razões certas. Eles também podem ajudar os que pecam para compreender a gravidade da sua conduta e sua necessidade de se arrepender.

Se quem pecou e rejeita tais tentativas de reconciliação, então tem que se trazer para a igreja (v. 17). Em última instância, é-lhe dada a oportunidade de se arrepender e ser restaurado à comunhão na comunidade de fé.
Infelizmente, há momentos em que a pessoa que peca recusa-se a si mesmo se humilhar e se arrepender. A única alternativa é a separação do corpo de crentes e tratá-lo como "gentil e publicano" (v. 17). Talvez um passo tão radical para ajudar a pessoa a entender a sua necessidade de se arrepender.
Pergunta: Por que uma igreja separa uma pessoa que não se arrepende?

A Bíblia nos ensina a importância da separação do pecado (1 Coríntios 5:9-13). Uma pessoa que não se arrepende, ele deve ser disciplinado para o bem do pecador (2 Tessalonicenses 3:14,15), a fim de manter a pureza da igreja e para evitar que outros sejam extraviados.

Pergunta: Como é que o conceito de ligar e desligar (Mateus 18:18) com o retorno de um crente?

Em alguns círculos cristãos abusou-se de ligar e desligar. Quando comparado com Mateus 16:19 e João 20:23, devemos proclamar a mensagem do reino, pois está aberto para aqueles que aceitam a sua mensagem. Além disso, aqueles que rejeitam a sua mensagem, não são escravos e livres de seus pecados.
Da mesma forma, quando oferecemos reconciliação para um crente que está em pecado, trazemos-lhe a liberdade. Mas se ele rejeitar as tentativas de reconciliação, ele esta abrigando o pecado.

Pergunta: Por que a oração é importante para a restituição de um crente que pecou (Mateus 18:19,20)?

Jesus queria que soubéssemos o poder que está ao nosso alcance, quando oramos por aqueles que estão afastados de Deus. Quando duas ou três pessoas (talvez aqueles que primeiro foi para o crente impenitente) se reúnem para orar, Deus vai ouvir e responder a oração. E você pode ter certeza que ele está com eles.

Pergunta: À luz de Mateus 18:15-20, como considerar a disciplina de pastores e membros da igreja?

Precisamos de disciplina na igreja por causa das possíveis consequências para aqueles que estão sujeitos à disciplina. Enquanto os fiéis devem procurar o retorno dos infiéis que pecam, as conseqüências do pecado sem arrependimento são muito graves. Devido a isso, temos de aplicar a disciplina com uma oração.

Da mesma forma, os pastores devem procurar a sabedoria de Deus. Eles não podem manter qualquer rancor ou amargura qualquer. Ao longo do processo, o objetivo é a restituição. Mesmo quando carregando um pecador perante todo o corpo de crentes, o processo deve ser feito com amor.
B. Extensão do perdão

Jesus continuou a fortalecer o ensino sobre o perdão, respondendo à pergunta de Pedro: "Quantas vezes devo perdoar meu irmão?" (Mateus 18:21). A literatura rabínica antiga ensinou que uma pessoa deve perdoar mais três vezes. Pedro provavelmente pensou que Jesus estava sendo generoso quando ele sugeriu perdoar sete vezes. Mas, na sua resposta, Jesus ensinou uma atitude revolucionária a respeito do perdão.

Pergunta: O que significa perdoar "setenta vezes sete"?

Algumas traduções dizem "setenta e sete vezes", enquanto outras indicam que a resposta de Jesus seria "quatrocentos e noventa vezes" (v. 22). Mas o número não é importante, o que importa é que o perdão dos fiéis deve ser ilimitado. Esta é uma doutrina revolucionária em um mundo que busca vingança.

Se todo o mal que nós perdoar, estamos realmente perdoando. Em vez de acusar os outros significa que nem nos lembramos do mal que foi cometido contra nós.

A atitude e o comportamento é recomendado em Mateus 18:15-22 será alcançada apenas com o poder de Deus. Mas, como a parábola nos versículos 23-35, a nossa atitude de perdoar a injustiça ainda mais horrível ainda pode ser bom se mantivermos uma perspectiva espiritual.

II. Exemplo de perdão (Mateus 18:23-25)

A. O perdão é necessário.

Jesus reforçou o seu ensinamento sobre o perdão usando uma parábola para ilustrar o verdadeiro perdão. Esta parábola descreve o comportamento dos cidadãos do reino de Deus (Mateus 18:23).

Nos tempos do Novo Testamento, às vezes, as posições dos agentes supervisores e assuntos econômicos de um rei. Nessa parábola, o rei decidiu acertar as contas com seus servos. Tudo começou com um servo cuja dívida foi incrivelmente alto (v. 24). Dez mil talentos é uma quantidade quase incalculável de dinheiro. Atualmente, a dívida do servo de acrescentar vários milhões de dólares.

Pergunta: Por que Jesus atribui um valor elevado da dívida nesta parábola?

Jesus usou uma quantidade extraordinária de dinheiro para mostrar que era impossível pagar essa dívida. O rei tinha o direito de vender o escravo e sua família como escravos para saldar a dívida. No entanto, neste caso, mesmo que era insuficiente. Suas ações em relação ao rei empregado no verso 25 eram estritamente punitivo. Eu estava indo para descarregar sua raiva sobre um homem que foi impotente para detê-lo.

Pergunta: Como essa parábola ilustra a nossa posição, como pecadores diante de nós aceitamos Cristo como nosso Salvador?

Esta parábola prepara o terreno para um ensino exigente sobre a misericórdia e o perdão. Assemelha-se a situação que encontramos quando não conhecem a Cristo como Salvador. Temos uma dívida que não podemos pagar. Não há nenhuma maneira que nós podemos ganhar a salvação pelas nossas próprias obras.

B. O perdão concedido.

O servo do rei nesta parábola não tinha e tinha uma dívida que nunca poderia pagar. Eu só poderia fazer uma coisa. Deixando cair de joelhos diante do rei, o servo pediu misericórdia (Mateus 18:26). Apesar de que era impossível pagar essa quantia, o empregado pediu tempo para pagar a dívida.

O rei sabia que era impossível pagar a sua dívida. Compaixão, perdoou o rei (v. 27). Ao fazê-lo, o rei fez mais do que sentir compaixão para com o empregado, também adorou. Ao perdoar a dívida, o rei também discutiu o servo como um dos seus. Ela viu o empregado como mais de um devedor que o viam como uma pessoa.

Pergunta: Como o perdão do rei exemplifica o perdão de Deus?

O rei representa Deus, enquanto o servo é o pecador. Ninguém pode calcular o perdão que Deus nos deu. Por causa do nosso pecado, temos uma dívida incalculável para Deus. Nós não temos nenhuma esperança além da sua misericórdia, mas Ele demonstrou grande compaixão.
A palavra traduzida como "perdoar" no versículo 27 ilustra o perdão de Deus dos pecados (cf. Mt 6:14,15). Para o nosso pensamento, a nossa única esperança de evitar a punição seria que de alguma forma pagassemos a dívida. Mas Deus sabe que é impossível para nós a pagar a dívida de nossos pecados. Deus responde com graça inimaginável nossas súplicas por misericórdia. Através da obra expiatória de Cristo, nos perdoa a dívida simplesmente para dar-nos de volta a um bom relacionamento com ele

Quando nos entregamos a Deus, não há uma penitência, a praticar ou sofrer qualquer punição. O evangelho de perdão ressoa nessa passagem, e vai em crescendo como a misericórdia de Deus é contrastada com o comportamento cruel do servo nos versículos seguintes.

III. Necessidade de perdão (Mateus 18:28-30)

A. Perdão negado.
O servo a quem o rei tinha perdoado deixou a presença do rei e encontrou um outro servo que lhe devia dinheiro, e exigiu que ele lhe pagasse (Mateus 18:28). Este servo pediu misericórdia, como fez o primeiro servo do rei (v. 29). Embora o montante da dívida primeiro era enorme dívida este era insignificante. Cem denários que hoje apenas alguns reais.

Embora o primeiro servo foi perdoado uma dívida incrivelmente enorme, reagiu com raiva e rancor, mesmo com grito de misericórdia de seu companheiro. Mesmo assim recorreu à violência física. Esquecendo que ele havia recebido o perdão, jogou em seu companheiro de prisão até que pudesse pagar a dívida (vv. 28-30).

Pergunta: Por que você experimente o primeiro servo tão rudemente ao seu companheiro?
É evidente que o servo não foi tocado pela misericórdia que havia sido mostrado. Ao contrário de sua dívida, cem denários facilmente poderiam ter sido pagos. Mas o coração do servo era ruim, e não foi transformado pela bondade do rei. Quando ele teve a oportunidade de imitar a misericórdia que havia recebido, se recusou a mostrar misericórdia.

B. Rancor e de graça

Conduta injusta do empregado não passou despercebido. Alguns empregados, disseram ao rei sobre o servo ingrato. O rei ficou furioso e retirou a sua misericórdia (Mateus 18:31-34)..

Pergunta: Por que o rei retirou a sua misericórdia? "

O rei ficou espantado que o seu empregado se recusou a perdoar uma dívida insignificante quando teve a sua divida perdoada, uma dívida de proporções infinitas. O rei reconheceu o mal no coração deste servo e condenado a ser preso e torturado até que pagasse a dívida.
Como ele teve misericórdia, não recebeu nenhum. Como ele estava disposto a não perdoar uma dívida insignificante, perdeu o perdão de uma dívida muito maior.

O perdão de Deus exige que sejamos ambos perdoando. Qualquer pecado cometido contra nós, é insignificante quando comparado com o pecado que cometemos contra Deus. Mas quando nós clamamos a Deus, recebemos Sua misericórdia e perdão.

Pergunta: Por que Deus não nos perdoará se não perdoarmos?
A falta de perdão, não é coerente com aquilo que significa ser um filho de Deus. O povo de Deus é chamado a refletir a sua natureza. Deus é misericordioso e perdoa, e Ele espera que também são seus filhos. Como Deus é perdão, é contraditório todo aquele que é cristão, ter amargura em relação a outro cristão.

De acordo com o versículo 35, há uma penalidade por falta de perdão. Um cristão que se recusa a perdoar está fazendo algo muito perigoso. Finalmente perder o perdão de Deus. Isto tem conseqüências eternas.

Nesta vida que poderá ser prejudicado por outros, mesmo crentes. Isso é um resultado infeliz da imperfeição humana. Mas é possível o perdão. Na verdade, nós podemos perdoar uns aos outros com alegria quando nos lembramos do perdão insondáveis que Ele nos deu nosso Pai celestial.

Aplicação:

Vivemos em um mundo muito egoísta. E na busca de benefícios sociais e materiais, as pessoas podem ser prejudicadas pelo comportamento egoísta dos outros. Mesmo na igreja, pessoas que sofrem de comportamento negligente ou indiferente dos outros. Mas os crentes não podem reagir como o mundo, com amargura e rancor. Cristo nos mandou fazer todo o possível para se reconciliar com quem temos ofendido.
Talvez alguém tenha ofendido e você precisa fazer um esforço para restaurar a sua relação com essa pessoa. Peça a Deus para ajudar você quando você falar com essa pessoa. Acredite que Deus vai trabalhar no coração dessa pessoa também. Perdoe essa pessoa incondicionalmente.


Extraido da Internet do: "Madres en la manos de Jesús"

Traduzido e postado Por Pr.Dilson Mendonça: "Há uma Esperança" e "Rede Amados de Deus" , "PALINS-Palavra Inspirada"

LA HUMILDAD CONSISTE EN SOMETERSE A DIOS

Postado pelo "Tempos de Deus", Um ministério de Amor.



Traduzido pelo Pr.Dilson e extraido de: "VENCEDORES EN CRISTO JESUS"

O maior exemplo de humildade pode ser encontrado na pessoa de Jesus, assim como seguidores de Cristo devemos sempre manter esta virtude como padrão em nossa vida cristã. O untarnos ela nos leva em uma viagem que leva ao mar de boas correlações, os princípios fundamentais que dizem respeito a Deus. Quando subir ao Ser Supremo e confessar a nossa total dependência dEle, Sua majestade e santidade, guardando a nossa qualidade espiritual.

Temos de reconhecer e saber que não somos auto-suficientes e não têmos capacidade espiritual ou moral para se sentir igual a Deus. O extrato puro é a humildade que compõe a fórmula de como nos apresentamos ao Criador e da maneira como pensamos sobre ele e venerado de forma prostrados diante a grandeza de Deus serão cruciais para saber quem somos e como nos concentramos em relação aos outros.

A humildade é uma das maiores virtudes da fé cristã e na exigência da população de Deus. Quando estou humilhado e vestido com um terno de uma torrente de bênçãos de humildade estou vestindo meu horizonte espiritual. No entanto, muitas pessoas têm conceitos errados de humildade, isso não precisa ser especificamente relacionados com a pobreza e miséria, porque uma pessoa pode ser mais pobres do mundo, mas o mais arrogante. Nós não podemos especular se os resultados de achar que esta dimensão nos dá, vamos receber a graça abundante de Deus, o que é melhor do que isso.

Agora, lembre-se que isso é pedir para ele, lutar contra ela, porque ele só vem como uma conseqüência da manutenção de um estilo de vida que agrada a Deus. Nós jogamos os velhos costumes que degradam a nossa presença com o papai. Analise o seu interior, levar um saco de mel e colocado nele tais aberrações que o impedem de desenvolver plenamente a sua humildade. Seja qual for o seu caso, o egoísmo, o orgulho, arrogância, altivez, arrogância, petulância ou postos a trabalhar e fazer uma limpeza geral. perfumar todos os cantos do seu coração com a graça de Deus.

Em última análise contagiémonos com a humildade de Cristo, porque Ele humilhou-se. Paulo descreve sua humilhação desta maneira: "Cristo existia em forma de Deus, não se apegou aos seus privilégios, esvaziou-se, tomando a forma de servo, tornou-se como homem, humilhou-se e tornou-se obediente até a morte e sua morte foi na cruz ", ou seja, como um criminoso.

REFLEXÃO:
Ao humilde são dadas mais oportunidades, mas eles estão exaltados. Por quê? Porque eles têm a mesma sensação que, Ele tem, seu Mestre. Ele disse: "Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (Lucas 14:11).

O Caminho para a verdadeira humildade, não esta através de muita oração, ou através de ordem: "Senhor, humilhai-me!" chegamos a verdadeira humildade, mas através de uma decisão voluntária que se torna realidade, você deve escolher diariamente o caminho da humildade e ficar, se obedecer às ordens do Mestre e seguir seus ensinamentos, encontraremos descanso para nossa alma.

É uma tomada de posição como nos ensinou a palavra em: (João 3:30) "Ele deve crescer e que eu diminua"

Humildade é se submeter a Deus.

EDWIN KAKO VAZQUEZ
ESCRITOR E HISTORIADOR

Postado pelo Pr.Dilson: "PALINS-Palavra Inspirada"
Também em: "Rede Amados de Deus" e "Há uma Esperança"